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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

GELO E GELEIRAS


Em 2007, cena inédita: foi possível navegar na passagem Noroeste, que liga o Atlântico ao Pacífico, por causa do derretimento do gelo.


Gelo e geleiras
Você precisa ler as mais recentes notícias resumidas sobre gelo e geleiras.
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Globo Ciência em mai/08

Resumo da notícia escrita por Ana Lúcia Azevedo.
A Antártida literalmente treme ao avanço do gelo, é uma espécie de sismo não provocado por abalos na crosta terrestre, mas na espessa camada de gelo que pode chegar a 4 km em alguns pontos. O fenômeno tem características próprias, peculiares do gelo.
Os sismos são de grande intensidade podendo atingir até 7 graus na escala Richter, mesma intensidade dos abalos que atingiram a China a algumas semanas atrás.
No oeste da Antártida chega a ocorrer até 2 abalos por dia.
Os abalos são ocasionados pelo escorregamento das geleiras sobre a crosta terrestre em direção ao mar.
O estudo do escorregamento das geleiras é muito importante na avaliação da elevação do nível do mar.



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Globo Ciência em mai/08

Gelo marinho derrete cada vez mais depressa no Ártico, o degelo este ano é maior que em 2007.
Neste ritmo o Oceano Ártico estará completamente livre do gelo em 5 a 10 anos, dados do Centro Nacional de Neve e Gelo CNNG dos Estados Unidos.
Há apenas alguns anos os cientistas previam que as águas do Ártico estariam livres de gelo no verão de 2080. Novos cálculos foram realizados e esta data foi antecipada para um ponto entre 2030 e 2050. Finalmente em 2007 no verão foi registrada a menor área de gelo 4,2 milhões de km2 contra 7,8 milhões de km2 no verão de 1980. No fim do ano passado cientistas já previam verões sem gelo a partir de 2013.
As fotografias de satélite abaixo mostram a redução do gelo no Ártico em 2 anos entre 2005 e 2007.


Tamanha aceleração do degelo provocará grande impacto no clima do planeta e a extinção de muitas espécies de animais como os ursos polares.
A imagem a seguir mostra a acentuada redução da espessura do gelo na costa da Groenlândia



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Folha Online e BBC Brasil em jun/08

Cientistas dizem que as geleiras andinas estão derretendo em um ritmo tão acelerado que correm o risco de desaparecer completamente em 25 anos.
Especialistas em glaciologia se reuniram no Peru nesta semana para discutir formas de frear o derretimento das geleiras, que são uma importante fonte de água e hidroenergia para milhões de pessoas.
Pesquisas indicam que geleiras no Peru podem desaparecer completamente em 25 anos, pondo em risco o fornecimento de água
Um relatório recente da Universidade do Pacífico do Peru prevê que, em 2025, 70% da população andina vai ter grandes dificuldades de acesso a fontes de água limpa por causa do derretimento das geleiras.
O fenômeno também pode levar a perdas de até US$ 30 bilhões por ano. "Se quisermos salvar as geleiras, não podemos ficar sem fazer nada", diz Wilson Suarez, professor da Universidade de Montpellier, na França.
"É um processo global, a temperatura vai aumentar", acrescenta Suarez. "Estudos têm de ser feitos e temos de nos adaptar com base nos resultados destes estudos."



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Globo Ciência em jul/08

Este ano as geleiras e a neve do alto das montanhas européias começaram a derreter em abril e maio, mais cedo que o normal. Com isso aumentou o risco de falta de água no verão (no Hemisfério Norte), já que o consumo cresce muito.
O degelo antecipado de geleiras é um dos fenômenos associados ao aquecimento global e tem sido observado com freqüência cada vez maior em várias partes do mundo.



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Globo Ciência em jul/08

Geleira desaba no inverno pela primeira vez em 90 anos.
Camadas de gelo desmoronam sobre o canal dos Témpanos, no parque Nacional Los Glaciares, na província de Santa Cruz, na Argentina.
O fenômeno seria resultado da pressão feita pela água no dique natural formado na geleira Perito Moreno, entre o lago Argentino e seu afluente Rico. Normalmente, o degelo ocorre no verão, a cada 4 ou 5 anos. É a primeira vez desde 1917 que são registrados desabamentos durante o inverno.



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Globo Ciência em jul/08

Com 20 km2, é o maior a se soltar desde 2005. fotos de satélite mostram que o bloco tem cerca de 20 km2 e se separou da ilha Ellesmere. Em 2005 um outro bloco de 60 km2 também se desprendeu. 
O desprendimento destes imensos blocos de gelo indica um aquecimento anormal no Ártico que estaria ligado às mudanças climáticas.
Os blocos de gelo que se desprendem acarretam um grande risco à navegação uma vez que a sua parte emersa tem um volume muito pequeno em relação ao volume imerso como mostra a figura.


As plataformas de gelo da ilha Ellesmere que avançam sobre o mar e estão presas à terra existem há cerca de 4 mil anos. O desprendimento dos blocos indicam que eles estão perdendo a capacidade de se recuperarem.. Mudanças dramáticas estão ocorrendo na região afetam o gelo no mar aberto e o que está preso à costa.
Junto a ilha Ellesmere ficava uma plataforma gigante de 10 mil km2 . Agora esta área de gelo recuou e se transformou em calotas menores que cobrem uma área de mil km2 correspondendo a uma perda de 90% do gelo. A Plataforma de Gelo Ward Hunt ( WHIS ) de 400 km2  é a maior remanescente da região.
Os pesquisadores acreditam que a água doce saindo do Fiorde Disraeli e congelando debaixo do gelo é o mecanismo que manteve até então a Plataforma de Gelo Ward Hunt. Acreditam ainda que este mecanismo foi prejudicado pelo aquecimento e o que restou da WHIS pode desaparecer rapidamente.
A perda de gelo no Ártico tem implicações globais. O "guarda-sol" branco no topo do planeta reflete a energia do Sol diretamente para o espaço reduzindo o aquecimento.



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Globo Ciência em jul/08

Satélite da Agência Espacial Européia mostra que uma plataforma de gelo aproximadamente do tamanho do estado do Rio de Janeiro está a beira da desintegração na Antártida.
Cientistas já previam o colapso da plataforma causado pelas mudanças climáticas, mas acreditavam que ela só sofreria tal impacto por volta de 2020. Acreditam que correntes de água quente estão se infiltrando na sua base fazendo com que ela se desintegre mesmo no inverno. Até agora 7 plataformas da região já desmoronaram por causa das mudanças climáticas mostrando que a temperatura do planeta está subindo mais rapidamente do que o esperado.



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Globo Ciência em jul/08

O U S Geological Survey revelou que o Ártico possui 20% do petróleo do mundo, além de enormes reservas de gás natural.
Ambientalistas temem que os números apresentados possam criar uma corrida da indústria petrolífera ao local, um dos mais sensíveis do planeta às mudanças climáticas e cuja cobertura de gelo já se encontra em acelerado processo de derretimento por causa do aquecimento global.
A região já é alvo de disputa territorial entre nações que a circundam justamente por conta de sua potencial riqueza.




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Globo Ciência em ago/08

Camada de mais de 160 km2 pode ser perdida.
Pesquisadores que monitoram diariamente imagens de satélite da Groenlândia descobriam rupturas em duas da maiores geleiras da região, Petermann e Jakobahavn. Eles acreditam que parte significativa da mais extensa camada de gelo do Hemisfério Norte continuara a se desintegrar durante os próximos 12 meses, estando o fenômeno relacionado com o aquecimento global.
Em julho, um pedaço de 29 km2 da geleira Petermann, já havia se rompido, entre 2000 e 2001 a geleira perdeu 86 km2 de sua área. A geleira ocupa uma área de 16 km de largura por 80 km de extensão.
Estudiosos como Jason Box da Universidade de Ohio estão preocupados também com uma gigantesca rachadura em uma das margens da geleira que pode estar sinalizando uma ruptura ainda maior que deve ocorrer em breve levando a uma perde de uma área de 160 km2.
Ao mesmo tempo a geleira Jakobahavn, se retraiu de uma forma que não havia sido registrada nos últimos 150 anos. Uma parte ao norte da geleira já havia se rompido nas últimas semanas.



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Globo Ciência em set/08

A Passagem Noroeste é uma rota de navegação que liga o Atlântico ao Pacífico. Esta rota se manteve fechada pelo gelo do Ártico até os dias de hoje. Com o aquecimento global e a conseqüente redução do gelo no Ártico a abertura desta rota de navegação é cada vez mais duradoura.
A região é cobiçada pelos Estados Unidos, Rússia, Dinamarca, Islândia e Noruega. Prospecções recentes mostraram vastas reservas de petróleo e gás.
O Canadá diz que os canais que formam a Passagem Noroeste estão em sua área territorial e não em águas internacionais.
O primeiro ministro do Canadá, Stefen Harper, afirmou que comprará novos navios para patrulhar o Ártico, aumentará a vigilância aérea e ampliará a presença militar na região.
A fotografia mostra um navio quebra-gelos em patrulha na região.
A Passagem Noroeste uma vez aberta é capaz de encurtar a rota entre o Atlântico norte e o norte do Pacífico, tornando-se uma rota comercial mais vantajosa que o Canal do Panamá.



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Globo Ciência em set/08

Degelo no Ártico acelera e alimenta aquecimento da Terra.
O "guarda-sol branco" na superfície do planeta reflete a radiação do Sol ajudando a controlar a temperatura da Terra. Quando o gelo é derretido e em seu lugar surge a superfície do mar ou do solo a reflexão da radiação solar é muito reduzida e um aumento da radiação absorvida, aumentando a temperatura das águas ou do solo, que por sua vez funde mais gelo e aquece mais a superfície, numa retro-alimentação do processo provocando mudanças cada vez maiores e irreversíveis.
A plataforma de Ward Hunt, a maior do Canadá perdeu 40% de sua área enquanto Markham, de 50 km2 , desprendeu-se completamente da ilha Dois blocos de gelo também se desprenderam da plataforma Serson, reduzindo a sua área em 60% - 122 km2.
- Trata-se de uma perda alarmante e perturbadora - disse Warwick Vincent, diretor da Universidade de Laval em Quebec.



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Globo Ciência em set/08

Degelo torna possível, pela primeira vez, circunavegação na região.
O mar aberto agora se estende pelo Ártico, fazendo com que seja possível, pela primeira vez na história da humanidade, a circunavegação do Pólo Norte. 
Na figura abaixo a linha amarela mostra o contorno do gelo Ártico há 2 anos.


Novas imagens de satélite mostram que o derretimento do gelo abriu tanto a mítica Passagem Noroeste, como também uma rota no nordeste, na mais inequívoca demonstração dos efeitos do aquecimento global na região.
A fotografia mostra um navio em deslocamento na Passagem Noroeste no início do verão.


Cientistas da Universidade de Bremen, na Alemanha, confirmam que o degelo no Ártico atingiu um ponto irreversível. Segundo especialistas a região pode ficar sem gelo no verão dentro de 5 anos.




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Globo Ciência em set/08

Degelo na Suíça expõe roupa milenar.
À medida que geleiras dos Alpes suíços retrocedem, derretidas pela elevação da temperatura associada ao aquecimento global, expõem segredos de alguns dos primeiros habitantes da Europa.
Arqueólogos descobriram numa área exposta pela retração da Geleira de Schnidejoch, perto de Bern, na Suíça, flechas, lanças, roupas e sapatos de alguém que morreu na montanha, há cerca de 5.000 anos.
Alem dos pertences do viajante da Idade da Pedra, cujo corpo desapareceu por completo, também foram achadas cerca de 300 peças da Idades do Bronze e do Ferro. As mais recentes são da Idade Média. As peças foram encontradas a 2.700 m de altitude.



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Globo Ciência em set/08

Um estudo das Nações Unidas alertou que cientistas não estão prestando a devida atenção ao derretimento das geleiras nos Andes, no Himalaia e em outras montanhas localizadas em países em desenvolvimento.
Especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e do Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras afirmaram que enquanto o acompanhamento das geleiras localizadas na Europa e na América do Norte é excelente, ele é bem mais fraco na região central da Ásia e nos trópicos.
De acordo com o estudo a velocidade média de derretimento de geleiras nos trópicos - principalmente nos Andes sul-americanos - dobrou desde 2001.
Comentário Alfaconnection.
Qual será o motivo da grande preocupação dos cientistas com o derretimento das geleiras ?
As geleiras são responsáveis pela estabilidade do clima no planeta e portanto pela manutenção da vida dos animais e vegetais.



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Globo Ciência em out/08

Estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido, Japão e Estados Unidos comprova que a ação do homem é de fato a responsável pelo aumento das temperaturas no Ártico e na Antártica.
Os resultados  do trabalho mostram que a ação do homem já causou um significativo aquecimento nos pólos, as áreas mais sensíveis às mudanças climáticas, com impactos na biodiversidade, no equilíbrio das plataformas de gelo e no nível do mar.
Os pólos são remotos mas influenciam o clima de todo o planeta, afetando as vidas de quem mora a milhares de quilômetros de distância. Eles são elementos essenciais do sistema de troca de calor que rege o clima planetário.
A fotografia abaixo mostra parte do Ártico esfacelada pelo aquecimento planetário.


O Ártico tem papel crucial na regulação do clima no Hemisfério Norte. A Antártida na do Hemisfério Sul. Mesmo o tropical Brasil é influenciado pelo que acontece com o clima antártico. É no continente gelado que nascem as grandes massas frias. Aqui elas chegam como frentes e têm impacto na intensidade e na freqüência das chuvas, além de alterar a temperatura.
As correntes marinhas que se originam na Antártica influenciam o clima brasileiro, bem como o de toda a América do Sul. Essas correntes também têm papel fundamental na oferta de pescado. As correntes frias são mais ricas em nutrientes. Da mesma forma, o Brasil pode influenciar a Antártica. Cinzas de queimadas na Amazônia já foram detectadas na Península Antártica por cientistas brasileiros,



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Globo Ciência em out/08

Espessura do Ártico tem redução dramática.
Primeiro o gelo do Ártico perdeu área. Agora uma coletânea de dados coletados por satélite revela que o gelo do Ártico nunca foi tão fino. A espessura do gelo sobre o mar despencou para 49 cm.
Este ano pela primeira vez na História tanto a Passagem Noroeste quanto a Nordeste estiveram abertas no verão do Hemisfério Norte facilitando a circunavegação do Ártico. Estima-se que a abertura simultânea das duas Passagens não ocorria há 125 mil anos.


Os pesquisadores chamaram a atenção para o fato de que a elevação da temperatura do mar no Ártico tem sido mais significativa do que a do ar.
Uma pesquisa britânica revelou que nos últimos 30 anos a espessura do gelo no Ártico declinou 26 cm e que pode ser vista ali a ação do homem.
O ártico é importante para o equilíbrio climático de todo o planeta. Mudanças na região podem alterar a salinidade do mar e as correntes oceânicas, com impacto planetário.



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Globo Ciência em dez/08

Degelo no Ártico acelera mais do que o previsto e alarma cientistas.
Um novo estudo desenvolvido pela Nasa avaliou que a Antártica, a Groenlândia e o Alasca perderam 2 trilhões de toneladas de gelo nos últimos 5 anos. Metade desta perda foi registrada na Groenlândia. O estudo é baseado nas análises de imagens captadas pelo satélite Grace nas áreas desde 2003.
O Centro Nacional de Gelo e Neve dos Estados unidos - NSIDC - revelou que a temperatura do ar na região durante o período do outono, quando o gelo marinho começa a se recuperar após o degelo do verão, aumentou este ano de 3 a 5 graus Celsius acima da média, chegando a 7 graus em algumas regiões.
Uma das principais consequências da redução do gelo das regiões polares é o aumento do nível do mar e a elevação da temperatura das águas.
O volume de gelo perdido na Antártica, na Groenlândia e no Alasca fez o nível do mar aumentar em 4,5 milímetros nos últimos 5 anos.
Outra pesquisa da Nasa mostrou que os últimos 12 meses foram os menos quentes desde 2000. Segundo os cientistas, isso estaria relacionado ao fenômeno La Niña, e não a um retrocesso do aquecimento global.



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Globo Ciência em jan/09

A Antártica controla o clima no Hemisfério Sul. As frentes frias responsáveis pela mudanças climáticas no Brasil são formadas na Antártica.
Os ventos no continente Antártico atingem 327 km/h e a temperatura chega a 55 graus Celsius negativos.
Pelo menos 98% da superfície está sempre recoberta de gelo, com uma espessura média de 5 km e um volume de 25 milhões de quilômetros cúbicos. Se o gelo fosse totalmente derretido o nível do mar seria elevado de 60 m. De 70% a 80% da água doce do planeta estão no continente Antártico.
Recente estudo publicado pela revista britânica "Nature" revela que a temperatura na Antártica aumentou de 0,5 grau Celsius nos últimos 50 anos.  Este aumento está relacionado com alterações na circulação atmosférica, variações na temperatura da superfície dos mares e com a diminuição do gelo no sul do Oceano Pacífico. 
Este aquecimento, a curto prazo, não terá consequências graves. Porem com o tempo a camada de gelo poderá se desestabilizar.



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Globo Ciência em jan/08

O Chile, a Argentina e o Canadá possuem as maiores reservas de água doce sob a forma de gelo das Américas.
O Ministério de Obras Públicas do Chile informa que 90% de suas geleiras estão em retração, 7% encontram-se estáveis, apenas 1% revela crescimento e 2% estão sendo medidas.
Estes são os resultados de um estudo preliminar realizado pelo Centro de Estudos Científicos de Valdívia em parceria com o governo, no qual foram analisadas mais de uma centena de geleiras, numa extensão de 17 mil quilômetros quadrados. Os dados servirão para o estabelecimento de uma política local de preservação das geleiras.
As primeiras estimativas revelam que o Chile possui 1720 geleiras.
Estudos anteriores já haviam revelado que as geleiras chilenas estava desaparecendo em um ritmo recorde devido ao aquecimento global. As temperaturas na região chegaram a aumentar de 1,25 grau Celsius no último século.
A retração das geleiras próximas à capital é altamente preocupante uma vez que são fonte de água para 6 milhões de pessoas.



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Globo Ciência em fev/09

Fenômeno é causado por aquecimento global e aumentará nível do mar.
Cientistas do Centro de investigações Científicas da Espanha alertam que uma placa de 14 mil quilômetros quadrados da plataforma de gelo Wilkins, na Península Antártica está se desprendendo devido ao aquecimento global.


Pelo menos 25% da placa já se fragmentou, e foram avistados enormes icebergs de mais de 200 metros de altura dispersos pelo Oceano Austral.
Os cientistas, a bordo do navio de investigações oceanográfico Hespérides, estudam o impacto do colapso sobre o ecossistema do Mar de Belinghausen. 
Em 2008, uma área de 400 quilômetros quadrados da placa de Wilkins se soltou.
O desprendimento total da placa é iminente. Os materiais liberados pelos icebergs se fundem e fertilizam o oceano aumentando a produção biológica.
A figura ilustra o processo de desprendimento de uma placa.
Até pouco tempo cientistas pensavam que a antártica estaria imune ao aquecimento. Mas um estudo publicado há um mês na revista "Nature" mostra que o continente está esquentando rapidamente.  Nos últimos 50 anos a região registrou uma elevação média de 0,5 grau Celsius. 



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Globo Ciência em fev/09

Um estudo divulgado ontem revelou que as consequências das emissões de gases do efeito estufa podem ser ainda maiores do que se imaginava até agora.
Uma compilação das principais conclusões dos trabalho conduzidos ao longo do Ano Polar Internacional, encerrado ontem, mostrou que a elevação das temperaturas e o degelo na Antártica e no Ártico avançam em ritmo bem mais acelerado do que se supunha.
O documento sustenta que o clima no planeta está mudando com uma rapidez sem precedentes na história da Humanidade, que poderia levar a alterações globais drásticas, como está ocorrendo no clima do Chile e da Argentina.



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Globo Ciência em fev/09

O Vale de Kyangin Gompa, no Nepal, nos Himalaias, junto ao Monte Everest, região conhecida como o teto do mundo abriga as montanhas mais altas do planeta.
Seus moradores dizem que é a primeira vez que comemoram o ano novo tibetanos sem que haja neve no local.
Pesquisadores acreditam que a falta de neve nos vales dos Himalaias em pleno inverno está ligada ao aquecimento global.
Em todas as cadeias montanhosas do mundo, as geleiras e os vales glaciais vêm perdendo gelo em ritmo acelerado nas últimas décadas.



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on line por www.ecodebate.com.br em ago/09

As mudanças climáticas estão afetando o planalto tibetano, ameaçando fontes de abastecimento de água e alterando a circulação atmosférica de metade do planeta. Estas são as conclusões de estudo publicado na revista Nature. Por Henrique Cortez, do EcoDebate, com Agências.
O planalto tibetano possui o terceiro maior volume de geleiras do planeta, mas a sua temperatura média aumentou 0,3 graus Celsius de dez em dez anos, ao longo dos últimos cinquenta anos – cerca de três vezes a taxa de aquecimento global.
Em razão disto, 82% dos glaciares tibetanos diminuíram de tamanho, enquanto que 10 por cento de seus solos permanentemente congelados (permafrost) foram degradados.
Especialistas avaliam que, além do aquecimento global, também podem ser citadas, entre as causas diretas deste derretimento, o aumento das tempestades de poeira e as emissões de carbono, pela queima de biomassa.
O derretimento dos glaciares pode gerar grandes impactos na região. Os lagos glaciais tendem a transbordar, aumentando o risco de inundações e o encolhimento das geleiras afetará o abastecimento de água. A perda de permafrost colocará em risco os ecossistemas locais, além de fragilizar estruturas e construções.
E os efeitos podem se fazer sentir ainda mais longe. Alguns modelos climáticos mostram que um aumento na temperatura da superfície do planalto pode alterar a intensidade das monções indianas, enquanto convecção ao longo do planalto pode, igualmente, carregar de poluentes o vapor de água em escala global.



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on line por www.ecodebate.com.br em ago/09

[Por Henrique Cortez, do Ecodebate] Poucas pessoas compreendem com clareza os riscos climáticos da emissão de CO2 e metano pelo derretimento do permafrost. Este é um dos temas mais discutidos e avaliados nas mais recentes pesquisas e, ainda assim, está distante do grande público em termos de compreensão.
O rápido degelo do permafrost é uma crescente preocupação em relação ao aquecimento global e as mudanças climáticas. Permafrost é um solo permanentemente congelado, que contém raízes e outros compostos de matéria orgânica, que se decompõem de forma extremamente lenta. Se descongelado, as bactérias e fungos podem “quebrar” o carbono, contido na matéria orgânica presente, muito mais rapidamente, libertando-o para a atmosfera como dióxido de carbono ou metano.
Os cientistas estão cada vez mais preocupados com este processo natural porque as temperaturas na latitudes mais setentrionais têm aumentado rapidamente.
Um estudo [Soil organic carbon pools in the northern circumpolar permafrost region], publicado esta semana, calculou que a quantidade de carbono armazenado nas regiões árticas e boreais é mais do dobro que o anteriormente estimado.
O estudo estimou que o permafrost estoca 1,5 biliões de toneladas de carbono congelado, aproximadamente o dobro do carbono contido na atmosfera. Os autores afirmam que a existência destes super-dimensionados depósitos de carbono congelado significa que qualquer descongelamento de permafrost, devido ao aquecimento global pode levar a um significativo aumento das emissões de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono e metano).
Depósitos de carbono congelado foram formados há milhares de anos e podem facilmente se ‘quebrar’. Esta é uma nova variável a ser considerada nas próximas pesquisas e estimativas sobre o aquecimento global.
Outras informações e estudos sobre o permafrost podem ser encontrados no Global Carbon Project.



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Globo Ciência em dez/09

O primeiro-ministro do Nepal convocou os seus ministros para uma reunião no Campo Base do Everest, com o objetivo de alertar para o derretimento de várias das geleiras dos Himalaias.
Ambientalistas e escaladores tem advertido que nem mesmo o gelo do Everest está a salvo dos efeitos do aquecimento global.
As geleiras dos Himalaias alimentam alguns dos mais importantes rios  que fornecem água essencial para a sobrevivência de 1,3 bilhões de pessoas.
Com o degelo aumentando, o volume de água resultante aumentará por pouco tempo para depois decrescer de forma dramática, reduzindo a disponibilidade de água para consumo doméstico, agricultura e geração de energia.
O degelo acelerado tem propiciado a formação de lagos pondo em risco de inundações a população de vilarejos nas encostas escarpadas.



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Globo Ciência em dez/09

A boa notícia: o fechamento do buraco na camada de ozônio sobre a Antártica deve ocorrer em até 60 anos, graças as restrições ao uso dos gases CFCs (clorofuorcarbono)
A má notícia: isto pode fazer com que as temperaturas na região central da Antártica aumente de até 3 graus Celsius até o fim do século, contribuindo por um aumento de 1,4m no nível dos mares. É o que revela um Estudo do Comitê Científico de Pesquisas Antárticas (SCAR), que reúne 450 pesquisadores.
A Antártica parece distante, mas ela contém 90% do gelo do planeta, além de 70% da água doce da Terra.- afirma Colin Summerhayes, diretor do SCAR.

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