Em 2007, cena inédita: foi possível navegar na passagem Noroeste, que liga o Atlântico ao Pacífico, por causa do derretimento do gelo.
Gelo e geleiras
Você precisa ler as mais recentes notícias resumidas sobre gelo e geleiras.
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Globo Ciência em mai/08
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Resumo da notícia escrita por Ana Lúcia Azevedo.
A Antártida literalmente treme ao avanço do gelo, é
uma espécie de sismo não provocado por abalos na crosta terrestre, mas na
espessa camada de gelo que pode chegar a 4 km em alguns pontos. O fenômeno tem
características próprias, peculiares do gelo.
Os sismos são de grande intensidade podendo atingir
até 7 graus na escala Richter, mesma intensidade dos abalos que atingiram a
China a algumas semanas atrás.
No oeste da Antártida chega a ocorrer até 2 abalos
por dia.
Os abalos são ocasionados pelo escorregamento das
geleiras sobre a crosta terrestre em direção ao mar.
O estudo do escorregamento das geleiras é muito
importante na avaliação da elevação do nível do mar.
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Globo Ciência em mai/08
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Gelo marinho derrete cada vez mais depressa no
Ártico, o degelo este ano é maior que em 2007.
Neste ritmo o Oceano Ártico estará completamente
livre do gelo em 5 a 10 anos, dados do Centro Nacional de Neve e Gelo CNNG dos
Estados Unidos.
Há apenas alguns anos os cientistas previam que as
águas do Ártico estariam livres de gelo no verão de 2080. Novos cálculos foram
realizados e esta data foi antecipada para um ponto entre 2030 e 2050.
Finalmente em 2007 no verão foi registrada a menor área de gelo 4,2 milhões de
km2 contra 7,8 milhões de km2 no verão de 1980.
No fim do ano passado cientistas já previam verões sem gelo a partir de 2013.
As fotografias de satélite abaixo mostram a redução
do gelo no Ártico em 2 anos entre 2005 e 2007.
Tamanha aceleração do degelo provocará grande
impacto no clima do planeta e a extinção de muitas espécies de animais como os
ursos polares.
A imagem a seguir mostra a acentuada redução da
espessura do gelo na costa da Groenlândia
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Folha Online e BBC Brasil em
jun/08
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Cientistas dizem que as geleiras andinas estão
derretendo em um ritmo tão acelerado que correm o risco de desaparecer
completamente em 25 anos.
Especialistas em glaciologia se reuniram no Peru
nesta semana para discutir formas de frear o derretimento das geleiras, que são
uma importante fonte de água e hidroenergia para milhões de pessoas.
Pesquisas indicam que geleiras no Peru podem desaparecer completamente em 25 anos, pondo em risco o fornecimento de água
Pesquisas indicam que geleiras no Peru podem desaparecer completamente em 25 anos, pondo em risco o fornecimento de água
Um relatório recente da Universidade do Pacífico do
Peru prevê que, em 2025, 70% da população andina vai ter grandes dificuldades
de acesso a fontes de água limpa por causa do derretimento das geleiras.
O fenômeno também pode levar a perdas de até US$ 30
bilhões por ano. "Se quisermos salvar as geleiras, não podemos ficar sem
fazer nada", diz Wilson Suarez, professor da Universidade de Montpellier,
na França.
"É um processo global, a temperatura vai
aumentar", acrescenta Suarez. "Estudos têm de ser feitos e temos de
nos adaptar com base nos resultados destes estudos."
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Globo Ciência em jul/08
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Este ano as geleiras e a neve do alto das montanhas
européias começaram a derreter em abril e maio, mais cedo que o normal. Com
isso aumentou o risco de falta de água no verão (no Hemisfério Norte), já que o
consumo cresce muito.
O degelo antecipado de geleiras é um dos fenômenos
associados ao aquecimento global e tem sido observado com freqüência cada vez
maior em várias partes do mundo.
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Globo Ciência em jul/08
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Geleira desaba no inverno pela primeira vez em 90
anos.
Camadas de gelo desmoronam sobre o canal dos
Témpanos, no parque Nacional Los Glaciares, na província de Santa Cruz, na
Argentina.
O fenômeno seria resultado da pressão feita pela
água no dique natural formado na geleira Perito Moreno, entre o lago Argentino
e seu afluente Rico. Normalmente, o degelo ocorre no verão, a cada 4 ou 5 anos.
É a primeira vez desde 1917 que são registrados desabamentos durante o inverno.
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Globo Ciência em jul/08
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Com 20 km2, é o maior a se soltar desde
2005. fotos de satélite mostram que o bloco tem cerca de 20 km2 e
se separou da ilha Ellesmere. Em 2005 um outro bloco de 60 km2 também
se desprendeu.
O desprendimento destes imensos blocos de gelo
indica um aquecimento anormal no Ártico que estaria ligado às mudanças
climáticas.
Os blocos de gelo que se desprendem acarretam um
grande risco à navegação uma vez que a sua parte emersa tem um volume muito
pequeno em relação ao volume imerso como mostra a figura.
As plataformas de gelo da ilha Ellesmere que
avançam sobre o mar e estão presas à terra existem há cerca de 4 mil anos. O
desprendimento dos blocos indicam que eles estão perdendo a capacidade de se
recuperarem.. Mudanças dramáticas estão ocorrendo na região afetam o gelo no
mar aberto e o que está preso à costa.
Junto a ilha Ellesmere ficava uma plataforma
gigante de 10 mil km2 . Agora esta área de gelo recuou e se
transformou em calotas menores que cobrem uma área de mil km2 correspondendo
a uma perda de 90% do gelo. A Plataforma de Gelo Ward Hunt ( WHIS ) de 400 km2
é a maior remanescente da região.
Os pesquisadores acreditam que a água doce saindo
do Fiorde Disraeli e congelando debaixo do gelo é o mecanismo que manteve até
então a Plataforma de Gelo Ward Hunt. Acreditam ainda que este mecanismo foi
prejudicado pelo aquecimento e o que restou da WHIS pode desaparecer
rapidamente.
A perda de gelo no Ártico tem implicações globais.
O "guarda-sol" branco no topo do planeta reflete a
energia do Sol diretamente para o espaço reduzindo o aquecimento.
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Globo Ciência em jul/08
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Satélite da Agência Espacial Européia mostra que
uma plataforma de gelo aproximadamente do tamanho do estado do Rio de Janeiro
está a beira da desintegração na Antártida.
Cientistas já previam o colapso da plataforma
causado pelas mudanças climáticas, mas acreditavam que ela só sofreria tal
impacto por volta de 2020. Acreditam que correntes de água quente estão se
infiltrando na sua base fazendo com que ela se desintegre mesmo no inverno. Até
agora 7 plataformas da região já desmoronaram por causa das mudanças climáticas
mostrando que a temperatura do planeta está subindo mais rapidamente do que o
esperado.
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Globo Ciência em jul/08
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O U S Geological Survey revelou que o Ártico possui
20% do petróleo do mundo, além de enormes reservas de gás natural.
Ambientalistas temem que os números apresentados
possam criar uma corrida da indústria petrolífera ao local, um dos mais
sensíveis do planeta às mudanças climáticas e cuja cobertura de gelo já se
encontra em acelerado processo de derretimento por causa do aquecimento global.
A região já é alvo de disputa territorial entre
nações que a circundam justamente por conta de sua potencial riqueza.
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Globo Ciência em ago/08
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Camada de mais de 160 km2 pode ser
perdida.
Pesquisadores que monitoram diariamente imagens de
satélite da Groenlândia descobriam rupturas em duas da maiores geleiras da
região, Petermann e Jakobahavn. Eles acreditam que parte significativa da mais
extensa camada de gelo do Hemisfério Norte continuara a se desintegrar durante
os próximos 12 meses, estando o fenômeno relacionado com o aquecimento global.
Em julho, um pedaço de 29 km2 da
geleira Petermann, já havia se rompido, entre 2000 e 2001 a geleira perdeu 86
km2 de sua área. A geleira ocupa uma área de 16 km de largura
por 80 km de extensão.
Estudiosos como Jason Box da Universidade de Ohio
estão preocupados também com uma gigantesca rachadura em uma das margens da
geleira que pode estar sinalizando uma ruptura ainda maior que deve ocorrer em
breve levando a uma perde de uma área de 160 km2.
Ao mesmo tempo a geleira Jakobahavn, se retraiu de
uma forma que não havia sido registrada nos últimos 150 anos. Uma parte ao
norte da geleira já havia se rompido nas últimas semanas.
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Globo Ciência em set/08
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A Passagem Noroeste é uma rota de navegação que
liga o Atlântico ao Pacífico. Esta rota se manteve fechada pelo gelo do Ártico
até os dias de hoje. Com o aquecimento global e a conseqüente redução do gelo
no Ártico a abertura desta rota de navegação é cada vez mais duradoura.
A região é cobiçada pelos Estados Unidos, Rússia,
Dinamarca, Islândia e Noruega. Prospecções recentes mostraram vastas reservas
de petróleo e gás.
O Canadá diz que os canais que formam a Passagem
Noroeste estão em sua área territorial e não em águas internacionais.
O primeiro ministro do Canadá, Stefen Harper,
afirmou que comprará novos navios para patrulhar o Ártico, aumentará a
vigilância aérea e ampliará a presença militar na região.
A fotografia mostra um navio quebra-gelos em
patrulha na região.
A Passagem Noroeste uma vez aberta é capaz de
encurtar a rota entre o Atlântico norte e o norte do Pacífico, tornando-se uma
rota comercial mais vantajosa que o Canal do Panamá.
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Globo Ciência em set/08
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Degelo no Ártico acelera e alimenta aquecimento da
Terra.
O "guarda-sol branco" na superfície do
planeta reflete a radiação do Sol ajudando a controlar a temperatura da Terra.
Quando o gelo é derretido e em seu lugar surge a superfície do mar ou do solo a
reflexão da radiação solar é muito reduzida e um aumento da radiação absorvida,
aumentando a temperatura das águas ou do solo, que por sua vez funde mais gelo
e aquece mais a superfície, numa retro-alimentação do processo provocando mudanças
cada vez maiores e irreversíveis.
A plataforma de Ward Hunt, a maior do Canadá perdeu
40% de sua área enquanto Markham, de 50 km2 , desprendeu-se
completamente da ilha Dois blocos de gelo também se desprenderam da plataforma
Serson, reduzindo a sua área em 60% - 122 km2.
- Trata-se de uma perda alarmante e perturbadora -
disse Warwick Vincent, diretor da Universidade de Laval em Quebec.
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Globo Ciência em set/08
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Degelo torna possível, pela primeira vez,
circunavegação na região.
O mar aberto agora se estende pelo Ártico, fazendo
com que seja possível, pela primeira vez na história da humanidade, a
circunavegação do Pólo Norte.
Na figura abaixo a linha amarela mostra o contorno
do gelo Ártico há 2 anos.
Novas imagens de satélite mostram que o
derretimento do gelo abriu tanto a mítica Passagem Noroeste, como também uma
rota no nordeste, na mais inequívoca demonstração dos efeitos do aquecimento
global na região.
A fotografia mostra um navio em deslocamento na
Passagem Noroeste no início do verão.
Cientistas da Universidade de Bremen, na Alemanha,
confirmam que o degelo no Ártico atingiu um ponto irreversível. Segundo
especialistas a região pode ficar sem gelo no verão dentro de 5 anos.
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Globo Ciência em set/08
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Degelo na Suíça expõe roupa milenar.
À medida que geleiras dos Alpes suíços retrocedem,
derretidas pela elevação da temperatura associada ao aquecimento global, expõem
segredos de alguns dos primeiros habitantes da Europa.
Arqueólogos descobriram numa área exposta pela
retração da Geleira de Schnidejoch, perto de Bern, na Suíça, flechas, lanças,
roupas e sapatos de alguém que morreu na montanha, há cerca de 5.000 anos.
Alem dos pertences do viajante da Idade da Pedra,
cujo corpo desapareceu por completo, também foram achadas cerca de 300 peças da
Idades do Bronze e do Ferro. As mais recentes são da Idade Média. As peças
foram encontradas a 2.700 m de altitude.
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Globo Ciência em set/08
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Um estudo das Nações Unidas alertou que cientistas
não estão prestando a devida atenção ao derretimento das geleiras nos Andes, no
Himalaia e em outras montanhas localizadas em países em desenvolvimento.
Especialistas do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente e do Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras afirmaram que
enquanto o acompanhamento das geleiras localizadas na Europa e na América do
Norte é excelente, ele é bem mais fraco na região central da Ásia e nos
trópicos.
De acordo com o estudo a velocidade média de
derretimento de geleiras nos trópicos - principalmente nos Andes sul-americanos
- dobrou desde 2001.
Comentário Alfaconnection.
Qual será o motivo da grande preocupação dos
cientistas com o derretimento das geleiras ?
As geleiras são responsáveis pela estabilidade do
clima no planeta e portanto pela manutenção da vida dos animais e vegetais.
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Globo Ciência em out/08
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Estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido,
Japão e Estados Unidos comprova que a ação do homem é de fato a responsável
pelo aumento das temperaturas no Ártico e na Antártica.
Os resultados do trabalho mostram que a ação
do homem já causou um significativo aquecimento nos pólos, as áreas mais
sensíveis às mudanças climáticas, com impactos na biodiversidade, no equilíbrio
das plataformas de gelo e no nível do mar.
Os pólos são remotos mas influenciam o clima de
todo o planeta, afetando as vidas de quem mora a milhares de quilômetros de
distância. Eles são elementos essenciais do sistema de troca de calor que rege
o clima planetário.
A fotografia abaixo mostra parte do Ártico
esfacelada pelo aquecimento planetário.
O Ártico tem papel crucial na regulação do clima no
Hemisfério Norte. A Antártida na do Hemisfério Sul. Mesmo o tropical Brasil é
influenciado pelo que acontece com o clima antártico. É no continente gelado
que nascem as grandes massas frias. Aqui elas chegam como frentes e têm impacto
na intensidade e na freqüência das chuvas, além de alterar a temperatura.
As correntes marinhas que se originam na Antártica
influenciam o clima brasileiro, bem como o de toda a América do Sul. Essas
correntes também têm papel fundamental na oferta de pescado. As correntes frias
são mais ricas em nutrientes. Da mesma forma, o Brasil pode influenciar a
Antártica. Cinzas de queimadas na Amazônia já foram detectadas na Península
Antártica por cientistas brasileiros,
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Globo Ciência em out/08
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Espessura do Ártico tem redução dramática.
Primeiro o gelo do Ártico perdeu área. Agora uma
coletânea de dados coletados por satélite revela que o gelo do Ártico nunca foi
tão fino. A espessura do gelo sobre o mar despencou para 49 cm.
Este ano pela primeira vez na História tanto a
Passagem Noroeste quanto a Nordeste estiveram abertas no verão do Hemisfério
Norte facilitando a circunavegação do Ártico. Estima-se que a abertura
simultânea das duas Passagens não ocorria há 125 mil anos.
Os pesquisadores chamaram a atenção para o fato de
que a elevação da temperatura do mar no Ártico tem sido mais significativa do
que a do ar.
Uma pesquisa britânica revelou que nos últimos 30
anos a espessura do gelo no Ártico declinou 26 cm e que pode ser vista ali a
ação do homem.
O ártico é importante para o equilíbrio climático
de todo o planeta. Mudanças na região podem alterar a salinidade do mar e as
correntes oceânicas, com impacto planetário.
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Globo Ciência em dez/08
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Degelo no Ártico acelera mais do que o previsto e
alarma cientistas.
Um novo estudo desenvolvido pela Nasa avaliou que a
Antártica, a Groenlândia e o Alasca perderam 2 trilhões de toneladas de gelo
nos últimos 5 anos. Metade desta perda foi registrada na Groenlândia. O estudo
é baseado nas análises de imagens captadas pelo satélite Grace nas áreas desde
2003.
O Centro Nacional de Gelo e Neve dos Estados unidos
- NSIDC - revelou que a temperatura do ar na região durante o período do
outono, quando o gelo marinho começa a se recuperar após o degelo do verão,
aumentou este ano de 3 a 5 graus Celsius acima da média, chegando a 7 graus em
algumas regiões.
Uma das principais consequências da redução do gelo
das regiões polares é o aumento do nível do mar e a elevação da temperatura das
águas.
O volume de gelo perdido na Antártica, na
Groenlândia e no Alasca fez o nível do mar aumentar em 4,5 milímetros nos
últimos 5 anos.
Outra pesquisa da Nasa mostrou que os últimos 12
meses foram os menos quentes desde 2000. Segundo os cientistas, isso estaria
relacionado ao fenômeno La Niña, e não a um retrocesso do aquecimento global.
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Publicação
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Globo Ciência em jan/09
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A Antártica controla o clima no Hemisfério Sul. As
frentes frias responsáveis pela mudanças climáticas no Brasil são formadas na
Antártica.
Os ventos no continente Antártico atingem 327 km/h
e a temperatura chega a 55 graus Celsius negativos.
Pelo menos 98% da superfície está sempre recoberta
de gelo, com uma espessura média de 5 km e um volume de 25 milhões de
quilômetros cúbicos. Se o gelo fosse totalmente derretido o nível do mar seria
elevado de 60 m. De 70% a 80% da água doce do planeta estão no continente
Antártico.
Recente estudo publicado pela revista britânica
"Nature" revela que a temperatura na Antártica aumentou de 0,5 grau
Celsius nos últimos 50 anos. Este aumento está relacionado com alterações
na circulação atmosférica, variações na temperatura da superfície dos mares e
com a diminuição do gelo no sul do Oceano Pacífico.
Este aquecimento, a curto prazo, não terá
consequências graves. Porem com o tempo a camada de gelo poderá se
desestabilizar.
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Publicação
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Globo Ciência em jan/08
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O Chile, a Argentina e o Canadá possuem as maiores
reservas de água doce sob a forma de gelo das Américas.
O Ministério de Obras Públicas do Chile informa que
90% de suas geleiras estão em retração, 7% encontram-se estáveis, apenas 1%
revela crescimento e 2% estão sendo medidas.
Estes são os resultados de um estudo preliminar
realizado pelo Centro de Estudos Científicos de Valdívia em parceria com o
governo, no qual foram analisadas mais de uma centena de geleiras, numa
extensão de 17 mil quilômetros quadrados. Os dados servirão para o
estabelecimento de uma política local de preservação das geleiras.
As primeiras estimativas revelam que o Chile possui
1720 geleiras.
Estudos anteriores já haviam revelado que as
geleiras chilenas estava desaparecendo em um ritmo recorde devido ao
aquecimento global. As temperaturas na região chegaram a aumentar de 1,25 grau
Celsius no último século.
A retração das geleiras próximas à capital é
altamente preocupante uma vez que são fonte de água para 6 milhões de pessoas.
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Publicação
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Globo Ciência em fev/09
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Fenômeno é causado por aquecimento global e
aumentará nível do mar.
Cientistas do Centro de investigações Científicas
da Espanha alertam que uma placa de 14 mil quilômetros quadrados da plataforma
de gelo Wilkins, na Península Antártica está se desprendendo devido ao
aquecimento global.
Pelo menos 25% da placa já se fragmentou, e foram
avistados enormes icebergs de mais de 200 metros de altura dispersos pelo
Oceano Austral.
Os cientistas, a bordo do navio de investigações
oceanográfico Hespérides, estudam o impacto do colapso sobre o ecossistema do
Mar de Belinghausen.
Em 2008, uma área de 400 quilômetros quadrados da
placa de Wilkins se soltou.
O desprendimento total da placa é iminente. Os
materiais liberados pelos icebergs se fundem e fertilizam o oceano aumentando a
produção biológica.
A figura ilustra o processo de desprendimento de
uma placa.
Até pouco tempo cientistas pensavam que a antártica
estaria imune ao aquecimento. Mas um estudo publicado há um mês na revista
"Nature" mostra que o continente está esquentando rapidamente.
Nos últimos 50 anos a região registrou uma elevação média de 0,5 grau
Celsius.
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Globo Ciência em fev/09
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Um estudo divulgado ontem revelou que as
consequências das emissões de gases do efeito estufa podem ser ainda maiores do
que se imaginava até agora.
Uma compilação das principais conclusões dos
trabalho conduzidos ao longo do Ano Polar Internacional, encerrado ontem,
mostrou que a elevação das temperaturas e o degelo na Antártica e no Ártico
avançam em ritmo bem mais acelerado do que se supunha.
O documento sustenta que o clima no planeta está
mudando com uma rapidez sem precedentes na história da Humanidade, que poderia
levar a alterações globais drásticas, como está ocorrendo no clima do Chile e
da Argentina.
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Globo Ciência em fev/09
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O Vale de Kyangin Gompa, no Nepal, nos Himalaias,
junto ao Monte Everest, região conhecida como o teto do mundo abriga as
montanhas mais altas do planeta.
Seus moradores dizem que é a primeira vez que
comemoram o ano novo tibetanos sem que haja neve no local.
Pesquisadores acreditam que a falta de neve nos
vales dos Himalaias em pleno inverno está ligada ao aquecimento global.
Em todas as cadeias montanhosas do mundo, as
geleiras e os vales glaciais vêm perdendo gelo em ritmo acelerado nas últimas
décadas.
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As mudanças climáticas estão afetando o planalto
tibetano, ameaçando fontes de abastecimento de água e alterando a circulação
atmosférica de metade do planeta. Estas são as conclusões de estudo publicado
na revista Nature. Por Henrique Cortez, do EcoDebate,
com Agências.
O planalto tibetano possui o terceiro maior volume
de geleiras do planeta, mas a sua temperatura média aumentou 0,3 graus Celsius
de dez em dez anos, ao longo dos últimos cinquenta anos – cerca de três vezes a
taxa de aquecimento global.
Em razão disto, 82% dos glaciares tibetanos
diminuíram de tamanho, enquanto que 10 por cento de seus solos permanentemente
congelados (permafrost) foram degradados.
Especialistas avaliam que, além do aquecimento
global, também podem ser citadas, entre as causas diretas deste derretimento, o
aumento das tempestades de poeira e as emissões de carbono, pela queima de
biomassa.
O derretimento dos glaciares pode gerar grandes
impactos na região. Os lagos glaciais tendem a transbordar, aumentando o risco
de inundações e o encolhimento das geleiras afetará o abastecimento de água. A
perda de permafrost colocará em risco os ecossistemas locais, além de
fragilizar estruturas e construções.
E os efeitos podem se fazer sentir ainda mais
longe. Alguns modelos climáticos mostram que um aumento na temperatura da
superfície do planalto pode alterar a intensidade das monções indianas,
enquanto convecção ao longo do planalto pode, igualmente, carregar de poluentes
o vapor de água em escala global.
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[Por Henrique Cortez, do Ecodebate] Poucas pessoas compreendem com clareza
os riscos climáticos da emissão de CO2 e metano pelo derretimento do
permafrost. Este é um dos temas mais discutidos e avaliados nas mais recentes
pesquisas e, ainda assim, está distante do grande público em termos de
compreensão.
O rápido degelo do permafrost é uma crescente
preocupação em relação ao aquecimento global e as mudanças climáticas.
Permafrost é um solo permanentemente congelado, que contém raízes e outros
compostos de matéria orgânica, que se decompõem de forma extremamente lenta. Se
descongelado, as bactérias e fungos podem “quebrar” o carbono, contido na
matéria orgânica presente, muito mais rapidamente, libertando-o para a
atmosfera como dióxido de carbono ou metano.
Os cientistas estão cada vez mais preocupados com
este processo natural porque as temperaturas na latitudes mais setentrionais
têm aumentado rapidamente.
Um estudo [Soil organic carbon pools in the
northern circumpolar permafrost region], publicado esta semana, calculou que a
quantidade de carbono armazenado nas regiões árticas e boreais é mais do dobro
que o anteriormente estimado.
O estudo estimou que o permafrost estoca 1,5
biliões de toneladas de carbono congelado, aproximadamente o dobro do carbono
contido na atmosfera. Os autores afirmam que a existência destes
super-dimensionados depósitos de carbono congelado significa que qualquer
descongelamento de permafrost, devido ao aquecimento global pode levar a um
significativo aumento das emissões de gases com efeito de estufa (dióxido de
carbono e metano).
Depósitos de carbono congelado foram formados há
milhares de anos e podem facilmente se ‘quebrar’. Esta é uma nova variável a
ser considerada nas próximas pesquisas e estimativas sobre o aquecimento
global.
Outras informações e estudos sobre o permafrost
podem ser encontrados no Global Carbon Project.
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Publicação
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Globo Ciência em dez/09
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O primeiro-ministro do Nepal convocou os seus
ministros para uma reunião no Campo Base do Everest, com o objetivo de alertar
para o derretimento de várias das geleiras dos Himalaias.
Ambientalistas e escaladores tem advertido que nem
mesmo o gelo do Everest está a salvo dos efeitos do aquecimento global.
As geleiras dos Himalaias alimentam alguns dos mais
importantes rios que fornecem água essencial para a sobrevivência de 1,3
bilhões de pessoas.
Com o degelo aumentando, o volume de água
resultante aumentará por pouco tempo para depois decrescer de forma dramática,
reduzindo a disponibilidade de água para consumo doméstico, agricultura e
geração de energia.
O degelo acelerado tem propiciado a formação de
lagos pondo em risco de inundações a população de vilarejos nas encostas
escarpadas.
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Globo Ciência em dez/09
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A boa notícia: o fechamento do buraco na camada de
ozônio sobre a Antártica deve ocorrer em até 60 anos, graças as restrições ao
uso dos gases CFCs (clorofuorcarbono)
A má notícia: isto pode fazer com que as
temperaturas na região central da Antártica aumente de até 3 graus Celsius até
o fim do século, contribuindo por um aumento de 1,4m no nível dos mares. É o
que revela um Estudo do Comitê Científico de Pesquisas Antárticas (SCAR), que
reúne 450 pesquisadores.
A Antártica parece distante, mas ela contém 90% do
gelo do planeta, além de 70% da água doce da Terra.- afirma Colin Summerhayes,
diretor do SCAR.
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